sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Pesquisadores descobrem nova maneira com que o estrogênio afeta o cérebro Fonte: Journal of Neuroscience, 16/05/2005

Notícias Abril de  2005
Pesquisadores descobrem nova maneira com que o estrogênio afeta o cérebro


Fonte: Journal of Neuroscience, 16/05/2005


Pesquisadores da Universidade de Minnesota demonstraram pela primeira vez como o estrogênio afeta o aprendizado e a memória. Eles descobriram que o estrogênio pode ativar receptores de glutamato específicos no hipocampo, a região do cérebro responsável por muitos aspectos de aprendizado e memória.
O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório no cérebro, permitindo a rápida comunicação entre os neurônios. Ao examinar os neurônios do hipocampo de ratos, os pesquisadores observaram que o estrogênio apenas ativava os processos relacionados com aprendizado e memória no cérebro das ratazanas e não dos ratos. Embora esteja bem documentado que o estrogênio influencia outros comportamentos além da reprodução, incluindo aprendizado e memória, o mecanismo não é bem compreendido.
"Acreditamos que este seja um primeiro passo importante para a compreensão de como o estrogênio afeta o aprendizado e a memória, bem como uma variedade de comportamentos não-reprodutivos", diz Paul Mermelstein, Ph.D., professor assistente de neurosciência na Universidade de Minnesota e pesquisador principal. "A ativação de receptores de glutamato pelo estrogênio em outras regiões cerebrais poderia também ser responsável por outras ações deste hormônio no controle motor e sensação de dor das mulheres".
Segundo Marissa Boulware, estudante de pós-graduação em neurociência que realizou os estudos declara que "todos os dias, mulheres na pós-menopausa enfrentam o dilema de tomar estrogênio para melhorar as habilidades cognitivas, sabendo que ele apresenta riscos potenciais à saúde. Compreendendo melhor como o estrogênio age no cérebro, um dia poderemos desenvolver novas terapias usando drogas não-esteróides que mimetizem ações específicas do estrogênio em processos relacionados ao aprendizado e memória, propiciando os benefícios cognitivos do estrogênio mas sem seus efeitos colaterais".

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Reposição hormonal reduziria risco de Alzheimer em mulheres

da France Presse, em Washington
 
05/11/2002 - 18h35

Pesquisadores norte-americanos estabeleceram um vínculo entre o tratamento hormonal feminino e a redução do risco de se desenvolver o mal de Alzheimer, segundo estudo pulicado hoje na revista "PNAS".

Os pesquisadores constataram uma redução de 41% dos riscos de desenvolver o mal de Alzheimer nas mulheres que se submeteram a tratamento hormonal quando eram mais jovens. A percentagem foi estabelecida depois de um levantamento de dados de 1.889 mulheres.

"Observamos uma relação clara entre os riscos de Alzheimer e a duração do tratamento hormonal", indicaram os autores, referindo-se a "efeitos mais fortes com tratamentos longos".

Os pesquisadores também constataram a existência de uma "janela aparentemente limitada de tempo, período no qual a exposição ao tratamento hormonal parece reduzir o risco de Alzheimer".

"Constatamos que, por oposição a uma utilização precoce, a exposição a um tratamento hormonal nos dez anos anteriores ao começo do desenvolvimento da doença não tem um benefício aparente", escreveu Peter Zandi, da Universidade Johns Hopkins de Baltimore (Maryland).

As mulheres de mais de 80 anos parecem ter mais risco que os homens de desenvolver a doença. A carência de hormônios estrógenos após a menopausa parecem contribuir para aumentar este risco.

Os estrógenos são utilizados no tratamento de certas desordens hormonais, no tratamento do câncer de próstata e de mama.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7615.shtml
Anterior: Células-tronco podem se transformar em neurônios
Próximo Comer peixe uma vez por semana reduz risco de demência, diz estudo

Baixo nível de testosterona é associado à Doença de Alzheimer

E-mail Imprimir PDF
Homens com hormônio em baixa têm maior predisposição à doença

Homens que apresentam baixos níveis de testosterona podem estar mais propensos a desenvolver a Doença de Alzheimer, de acordo com um estudo da Universidade de Saint Louis, nos EUA. Segundo os pesquisadores a descoberta serve como alerta para homens mais velhos com baixos níveis do hormônio e que apresentam problemas de memória ou outros sinais de comprometimento cognitivo.

Para compor esse estudo, 153 homens foram acompanhados em centros sociais. Todos eles tinham mais de 55 anos de idade e não tinham nenhum tipo de demência. Destes homens, 47 tinham comprometimento cognitivo leve ou problemas com perda de memória. Os níveis de testosterona foram acompanhados periodicamente.

Após um ano de pesquisa, 21% dos homens que faziam parte do grupo com algum desvio cognitivo, desenvolveram a Doença de Alzheimer. Todos eles tinham níveis mais baixos de testosterona em seus tecidos do corpo, além de níveis elevados de apolipoproteína E, substância que está correlacionada a um maior risco de doença de Alzheimer e pressão arterial elevada.

De acordo com os cientistas, a testosterona pode ter um valor protetor contra a doença de Alzheimer. Segundo eles, o próximo passo é realizar um estudo em grande escala que investiga o uso do hormônio masculino na prevenção da doença de Alzheimer. Para homens mais velhos, a reposição hormonal da testosterona em homens com problemas de memória, pode ser uma medida preventiva para protelar o Alzheimer.
Combate ao Alzheimer
Tomar cafezinho todo dia pode ser outra medida preventiva para o Mal de Alzheimer. É o que sugeriu os pesquisadores da Universidade de Lisboa, em Portugal. Eles descobriram que, como a cafeína acelera a atividade cerebral e ativa a memória, contribui significativamente para a prevenção de doenças neurológicas. Por isso, cerca de uma xícara por dia ajuda a manter o cérebro ativo e sem riscos de danos neurológicos.

Mas, mais saudável que café, sua alimentação pode ser uma ótima medida preventiva também, principalmente se ela for rica em peixes, azeite de oliva, nozes e legumes. Quem trouxe essa descoberta foi a realizada pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. A pesquisa americana apontou que a dieta do mediterrâneo combinada com a prática regular de exercícios físicos é ideal para manter o cérebro afiado e afastar o Mal de Alzheimer e outras doenças cognitivas.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

MELATONINA: ESTRESSE OXIDATIVO E DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS (Profa. Dra. Glauce Socorro de Barros Viana)

Departamento de Fisiologia e Farmacologia

Universidade Federal do Ceará



A melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina) é o principal hormônio da glândula pineal em vertebrados, mas é produzida também em outros tecidos em anfíbios.

O hormônio é envolvido no estabelecimento do ritmo circadiano em mamíferos, tendo sido isolado e caracterizado, em 1958, por A. B. Lerner.

A biosíntese da melatonina tem início com a captação do aminoácido essencial triptofânio pelas células parenquimatosas da glândula pineal.

Depois de captado, o triptofânio é convertido em outro aminoácido, 5-hidroxitriptofânio, através da ação da enzima triptofânio hidroxilase e, em seguida, é convertido no neurotransmissor 5-hidroxitriptamina (serotonina) pela enzima descarboxilase de aminoácido aromático.

As concentrações de serotonina na glândula pineal são mais elevadas do que em qualquer outro órgão ou estrutura cerebral.

Os níveis de serotonina aumentam durante o dia e caem drasticamente no início da noite, quando então esse neurotransmissor é convertido em melatonina, 5-hidroxitriptofol e outros metoxi-indóis.

A conversão de serotonina para melatonina envolve duas enzimas características da glândula pineal: a serotonina-N-acetil-transferase que converte a serotonina em N-acetilserotonina, e a 5-hidroxi-indol-

O-metil-transferase, enzima responsável pela transferência do grupo metil da S-adenosil-metionina para o grupo 5-hidroxil da N-acetilserotonina, dando como resultado a N-acetil-5-metoxitriptamina ou melatonina.

O triptofânio é metabolizado no cérebro, através de duas vias: a via do metoxi-indol e a via da quinurenina.

A primeira leva à produção de MEL e apresenta efeitos inibitórios (atenua ações glutamatérgicas).

Por outro lado, a via da quinurenina interage com as respostas cerebrais mediadas por GLUTAMATO.

O ÓXIDO NÍTRICO (ON) aumenta as liberações de GLUTAMATO e melatonina, e as quinureninas atuam alterando a síntese de ON.

Tanto a melatonina quanto os derivados da quinurenina inibem a atividade da sintase do ON ou NOS.

A via da quinurenina é a mais importante via catabólica do triptofânio e leva à produção de ácido quinolínico, possivelmente envolvido em doenças inflamatórias neurológicas, como a doença de Alzheimer (DA).

Por outro lado, o catabolismo da melatonina ocorre em duas direções: 70% por conjugação e 30% por oxidação.

Recentemente (Ferry et al., 2005), foi mostrado que o metabolismo da melatonina produz um derivado quinurenínico cuja ação farmacológica não está ainda bem esclarecida, mas que poderia ampliar o mecanismo de ação da melatonina.

O metabolismo do triptofânio resulta em produtos que incluem a coenzima A e intermediários do ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs), essenciais para a função mitocondrial (produção de energia). A mitocôndria contém seu próprio genoma, com um código genético modificado e altamente conservado, entre mamíferos. O controle da expressão gênica sugere que a transcrição de certos genes mitocondriais pode ser regulada, em resposta ao potencial redox da membrana mitocondrial. A mitocôndria está envolvida na produção e conservação de energia e apresenta um mecanismo de desacoplamento para produzir calor ao invés de ATP. Mitocôndrias estão também envolvidas na morte celular programada (apoptose). Evidências crescentes sugerem a participação da mitocôndria em doenças neurodegenerativas, envolvendo alterações em ambos os DNAs nuclear e mitocondrial (Castroviejo et al., 2002).

As concentrações de melatonina na glândula pineal apresentam variações circadianas que acompanham as variações na atividade da enzima N-acetiltransferase, aumentando durante a noite e diminuindo durante o dia. A melatonina exerce papel regulador sobre eventos fisiológicos, metabólicos e comportamentais, importantes na regulação de fenômenos endócrinos independentes do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal; termoregulação; regulação do sistema cardiovascular; ciclos de atividade-repouso e vigília-sono; sistema imunológico; crescimento e envelhecimento.

Tendo em vista que a melatonina apresenta notável poder antioxidante e os seus níveis diminuem com a idade, vários pesquisadores a sugeriram que este hormônio exerce papel crucial na gênese de doenças neurodegenerativas. A melatonina não apenas seqüestra radicais livres, tais como o radical superóxido (O2-), hidroxila (*OH), peroxila (LOO*) e o ânion peroxinitrito (ONOO-), mas também aumenta o potencial antioxidativo da célula, estimulando a síntese de enzimas antioxidativas tais como a superoxidodismutase (SOD), a glutationa peroxidase (GPX) e enzimas envolvidas na síntese de glutationa. Em vários trabalhos, foi demonstrado que a melatonina aumenta a expressão de mRNA de enzimas antioxidativas (Srinivasan, 2002).

O estresse oxidativo é apontado como um dos fatores primordiais que contribuem para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer (DA) e a doença de Parkinson (DP) entre outras. A formação aumentada e a liberação de radicais livres, acoplados com o baixo potencial antioxidativo do sistema nervoso central são as principais razões responsáveis pelo elevado estresse oxidativo em células neuronais. Por outro lado, o

cérebro apresenta um potencial antioxidativo baixo e elevada taxa de ácidos graxos poli-insaturados, tornando as células neuronais vulneráveis ao estresse oxidativo. O fato de que ocorre aumento da incidência de doenças neurodegenerativas, em indivíduos idosos, levou vários pesquisadores a procurarem um fator comum cujos níveis declinassem progressivamente com a idade e que pudesse ser responsabilizado pelo aumento do estresse oxidativo, resultando em senescência e doenças degenerativas associadas ao envelhecimento. O estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial são associados a doenças neurodegenerativas, tais como DP e DA.

Foi recentemente demonstrado que camundongos deficientes em SOD2 mitocondrial constituem modelos de estresse oxidativo endógeno (Hinerfeld et al., 2004). O fenótipo neurológico de camundongos desprovidos de SOD2, enzima mitocondrial seqüestradora de radicais livres, suporta a hipótese de que a neurodegeneração e as alterações enzimáticas mitocondriais podem ter uma conseqüência direta no estresse oxidativo mitocondrial endógeno. Estes resultados têm implicações importantes na implementação de terapia antioxidante racional, em doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, nas quais a perda neuronal está relacionada à disfunção mitocondrial e ao estresse oxidativo.

A DA é a mais importante forma de demência na velhice, afetando mais de 20 milhões de pessoas no mundo. Dentre as principais características moleculares da DA, estão o acúmulo de peptídio beta amilóide, sob a forma de depósitos insolúveis, levando à formação de placas senis e à formação de emaranhados neurofibrilares compostos de proteína Tau hiperfosforilada. Em trabalho recente, demonstrou-se que o pré-tratamento com melatonina, por via intraperitoneal, previne a hiperfosforilação da proteina Tau em modelo de hiperfosforilação induzida por infusão com isoproterenol, indicando o uso da melatonina na DA (Wang et al., 2005).

O acúmulo de proteína beta amilóide parece ser uma etapa inicial na neuropatogênese da DA. Existem evidências de que a via da quinurenina está associada com a DA. E alterações desta via já foram descritas na DA (Guillemin and Brew, 2002). Recentemente, foi demonstrado que o fragmento 1-42, resultante da clivagem da proteína precursora do peptídio beta amilóide, induz a produção do ácido quinolínico em concentrações neurotóxicas, por macrófagos e microglia. A administração da melatonina não altera níveis corticais de NOS ou de proteínas sinápticas, tais como a sinaptofisina e a SNAP-25. Contudo, o aumento das concentrações cerebrais de melatonina leva a uma redução significativa nos níveis do peptídio beta amilóide (Lahiri et al., 2004). As placas senis na DA são associadas com inflamação local crônica . Um dos fatores mais importantes da toxicidade do ácido quinolínico é a peroxidação lipídica, e marcadores desta foram encontrados na DA. Segundo Guillemin e Brew, 2002, todos os fatos apontam para o ácido quinolínico como um dos fatores críticos na patogênese de danos neuronais associados à DA.

Pacientes com doenças neurodegenerativas, como a DA e a doença de Huntington (DH), apresentaram baixas concentrações séricas de triptofânio e elevadas concentrações de quinurenina. Em ambos os casos, as concentrações de triptofânio apresentaram correlação inversa com o grau de retardo mental. Os resultados mostram que doenças neurodegenerativas, como a DA e a DH, estão associadas com o aumento na degradação de triptofânio (Widner et al., 1999). Estes dados mostraram também que a ativação crônica e sistêmica do sistema imunológico, em pacientes com DA e DH, está associada com a degradação significativa do triptofânio, provavelmente devida à ativação de indolamina 2,3-dioxigenase por estímulos imunológicos.

Por sua vez a melatonina é um poderoso agente antioxidante, e evidências mostraram seu efeito benéfico contra os danos moleculares induzidos pelo estresse oxidativo e doenças, incluídas aquelas em que a função mitocondrial está afetada. (Castroviejo et al., 2002). A melatonina e seus metabólitos atuam direta e indiretamente como seqüestradores de radicais livres e como drogas antioxidantes (Reiter et al., 2004). O estresse oxidativo contribui para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. A eficácia da melatoninal na inibição do estresse oxidativo foi estudada em várias doenças neurodegenerativas cuja patogênese está associada à atividade citotóxica de radicais livres, tais como a DA e a DP (Olakowska et al., 2005). Dados recentes mostraram que a melatonina protege contra os danos oxidativos induzidos por radicais livres, em tecido cerebral de coelhos, através do aumento de enzimas antioxidantes e, particularmente, através da redução dos níveis de peroxidação lipídica (Kerman et al., 2005). Resultados semelhantes foram observados por Akcay et al., 2005, em modelo experimental de injúria neuronal, induzida por ácido caínico, através do estresse oxidativo e liberação de óxido nítrico, em cérebro de ratos.



A injeção intracerebroventricular (i.c.v.) de estreptozotocina causa alterações nas funções cognitivas, associadas à geração de radicais livres, em cérebro de ratos. Sharma e Gupta, 2001, mostraram que a melatonina foi eficaz em reduzir os déficits cognitivos e o estresse oxidativo causado pela injeção i.c.v. de estreptozotocina, em ratos.

Em modelo experimental de DP (administração intraestriatal de 6-OHDA) em ratos, mostramos que a melatonina (2 a 25 mg/kg, i.p., 7 dias) bloqueou os movimentos rotacionais induzidos pela apomorfina. A melatonina aumentou, de modo significativo, a densidade de receptores dopaminérgicos D1 e diminuiu os valores de Kd, alterados no corpo estriado de ratos lesionados com 6-OHDA.

Enquanto a 6-OHDA diminuiu os níveis de DA e seus metabólitos (DOPAC e HVA), no corpo estriado de ratos, estes efeitos foram revertidos pela administração de melatonina. Efeitos semelhantes foram observados no caso de 5-HT.

A melatonina reverteu, também, o aumento nos níveis estriatais de MDA (nmol/mg proteína) produzido pela injeção intraestriatal de 6-OHDA (Aguiar et al., 2002).

Em conclusão, os dados da literatura e os nossos, também, falam a favor do uso benéfico da melatonina como tratamento alternativo para doenças neurodegenerativas, incluindo-se a DA e a DP.


Bibliografia citada



























Aguiar LMV; Macedo DS; Freitas RM; Oliveira AA; Vasconcelos SMM; Sousa FCF; Viana GSB. Life Sciences , 2005, 76: 2193-2202.

Aguiar LMV; Vasconcelos SMM; Sousa FCF; Viana GSB. Life Sciences 2002, 70: 1041-1051.

Akcay YD; Yalcin A; Sozmen EY. Cell Mol Biol Lett 2005, 10: 321-329.

Castroviejo D; Escames G; Carazo A; Leon J; Khaldy H; Reiter RJ. Current Topics in Medicinal Chemistry 2002, 2: 133-151.

Chiarugi A; Meli E; Moroni F. J Neurochem 2001, 77: 1310-1318.

Ferry G; Ubeaud C; Lambert P H; Bertin S; Cogé F; Chomarat P; Delagrange P; Serkiz B; Bouchet JP; Truscott RJW; boutin JA. Biochem J 2005, 388: 205-215.

Guillemin Gilles J; Brew Bruce J. Redox Report 2002, 7: 199-206.

Hinerfeld D; Traini MD; Weinberger RP; Cochran B; Doctrow SR; Harry J; Melov S. J Neurochem 2004, 88: 657-667.

Kerman M; Cirak B; Ozguner MF; Dagtekin A; Sutcu R; Altuntas I; Delibas N. Exp Brain Res 2005, 163: 406-410.

Lahiri DK; Chen D; Ge Y-W; Bondy SC; Sharman EH. J Pineal Res 2004, 36: 224-231.

Leon J; Vives F; Crespo E; Camacho E; Espinosa A; Gallo MA; Escames G; Acuna-Castroviejo D. J Neuroendocrinol 1998, 10: 297-302.

Olakowska E; Marcol W; Kotulska K; Lewin-Kowalik J. Bratisl Lek Listy 2005, 106: 171-174.

Reiter RJ; Tan DX; Papolla MA. Ann NY Acad Sci 2004, 1035: 179-196.

Sharma M; Gupta YK. Pharmacol Biochem Behav 2001, 70: 325-331.

Srinivasan V. Indian J Exp Biol. 2002, 40: 668-679.

Wang XC; Zhang J; Yu X; Han L; Zhou ZT; Zhang Y; Wang JZ. Sheng Li Xue Bao 2005, 57: 7-12.

Widner B et al. Adv Exp Med Biol 1999, 467: 133-138.