terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

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  • sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014


    MIRO TEIXEIRA CONCORRERÁ AO GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    O PROS e o PSB se acertaram no Rio. O deputado Miro Teixeira concorrerá ao governo e Romário ao Senado. (Panorama Político - 13-02-2014 (O Globo - Ilimar Franco)

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    candidato de Eduardo Campos no Rio
    Miro Teixeira pode ser o candidato de Eduardo Campos no Rio
     

    Miro Teixeira pode ser o candidato de Eduardo Campos no Rio

    12 de fevereiro de 2014 19:00 por: Categoria: Anna RamalhoPolítica 
    O deputado federal Miro Teixeira (PROS-RJ) tem conversado com a ex-senadora Marina Silva para ser o candidato do PSB/Rede no Rio de Janeiro e, assim, dar palanque a Eduardo Campos no estado. A avaliação dos envolvidos nas negociações – além do PSB e do PROS, o PPS também integraria a chapa – é que o apoio de Marina, muito bem votada em 2010 pelos fluminenses, poderia desequilibrar a balança e viabilizar Miro.


    TERÇA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2014

     
       MIRO TEIXEIRA NO FACEBOOK     


    Miro Teixeira é o pré-candidato a Governado do RJ, apoiado por Marina Silva que obteve 2.693.130 de votos no Estado, quase 1/3 (31,52%). Ainda poderá receber, também, apoio do PSB, partido do Governador Eduardo Campos, seu provável companheiro de chapa, ao qual ela também esta filiada, cuja sinergia, certamente, potencializará seu desempenho eleitoral em terras fluminenses.



     

    quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

    Tratamento Neuro-Hormonal
    Hormônios têm ação no corpo e todo o sistema nervoso central. 
    O sistema nervoso central, ao qual inclui o cérebro e medula são ricos em receptores hormônais, em função disto, os hormônios podem ajudar o organismo no equilíbrio comportamental, estímulo regenerativo  e melhora do organismo como um todo. 
    Alguns exemplos clássicos como a diminuição de vitamina B12 e o hormônio tiroxina como causa de perda de memória e outros mais atuais como a utilização de oxitocina para estimular a cognição social ,ou seja a sociabilidade e laços profundos (Clique aqui e saiba mais), a reposição com progesterona estimula as células-tronco neurais através do metabolito alopregnenolona. A testosterona estimula as células-tronco de tecidos musculares, em consequencia,  ocorre aumento da força, também estimula as células progenitoras endotelial melhorando a perfusão peniana com melhora a função erétil. O tratamento com hormômio de crescimento (gh) em adultos com deficiência, melhora a qualidade e a quantidade de células progenitoras endotelial estimulando  a formação de novos vasos. O estradiol tem acão na melhora do humor e estímulo da memória em mulheres com deficiência. 
     Dr. Rafael Higashi, em vídeo educativo ensina sobre o efeito do hormônio testosterona no nosso organismo quando deficiente.
       
     


    Compreenda abaixo alguns hormônios que podem ser utilizados de maneira individual na prática clínica, após exame médico clínico e laboratorial adequado :

    O DHEA (dehydroepiandrosterone) é um hormônio produzido apartir do colesterol pelas glândulas adrenais, gônadas, tecido adiposo, cérebro e pele, tem a função de dar mais energia, melhorar a imunidade, o humor e também a função cognitiva. É produzido apartir do colesterol pelas glândulas adrenais, gônadas, tecido adiposo, cérebro e pele. Nos homens sua deficiência leva a disfunção da ereção e diminuição do desejo sexual. Nas mulheres, leva a diminuição do desejo e satisfação sexual. Além disto estudos demonstram que o hormônio DHEA têm ação anti-depressiva podendo até ser uma alternativa aos medicamentos antidepressivos.
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    Os hormônios tireoidianos são produzidos na glândula da tireóide e no fígado, controlam a taxa metabólica basal, os movimentos peristálticos do intestino, temperatura corporal, memória, respiração celular. A deficiências deles levam à apatia, lentidão, depressão pela manhã, pensamento e reações lenta, baixa concentração e atenção, memória fraca, diminuição da capacidade de aprendizagem.
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    A melatonina é um neurohormônio produzido na glândula pineal do cérebro que tem como função principal regular o sono e anti-oxidante cerebral. Sua deficiência leva a ansiedade, sono superficial e agitado, pobre em sonhos, a pessoa acorda com facilidade à noite e tem dificuldade em dormir de novo.
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    O GH (hormônio de crescimento) tem a função de regular o funcionamento das células do sistema muscular, ósseo e estímulo cerebral. A reposição deve ser feita quando seus níveis estão baixos já que leva a baixa qualidade de vida, falta de paz interior, ansiedade, depressão, falta de controle pessoal, emoções em excesso, explosões de pânico, tendência ao isolamento social, estado social prejudicado. Clique aqui saiba mais sobre a ação do hormônio GH (hormônio de crescimento).
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    O MSH, hormônio melanotrófico ou melanocortinas, produzido no lobo intermediário da hipófise, estimula a pigmentação da pele (síntese natural de melanina e síntese de hormônios esteróides pelas glândulas adrenal e gonadal. Na mulher, sua deficiência leva a diminuição da libido e nos homens interfere na potência sexual.
    A Oxitocina é um hormônio produzido pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior (Neurohipófise) e tem a função de promover as contrações uterinas durante o parto e a ejeção do leite durante a amamentação. Recentes descobertas tem demonstrado que a oxitocina ajuda as pessoas ficarem juntas por mais tempo, é o hormônio relacionado ao amor. A deficiência leva a pessoa a ficar introvertida, menos emotiva, mais intelectual, com poucos contatos sociais, mais isolada.
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    Video do pesquisador Paul Zak diretor do Centro de Neuroeconomia da Universidade Claremont, na Califórnia, e autor do livro A Molécula da Moralidade, explicando sobre o efeito do hormônio ocitocina.
    A Vasopressina (ADH) é um hormônio polipeptídeo que tem função antidiurético, produz vasoconstricção nas arteríolas levando ao aumento da pressão sangüínea, é produzido na neurohipófise e hipotálamo. Sua deficiência leva a dificuldade de memorização e aprendizagem
    A Pregnenolona é um neuro-hormônio fundamental na formação de hormônios essenciais como estradiol, progesterona, do DHEA e da testosterona. Tem a função de neurotransmissor e estimula a neurogênese (formação de neurônios novos) por isso tem uma grande relação com a memória. É produzido em diversos órgãos e tecidos como glândula adrenal, fígado, pele, gônadas (testículos e ovários), tecido nervoso e até nas células da retina. A deficiência deste hormônio leva a problemas com a memória, problemas com a visão para cores e deficiência na produção dos hormônios citados acima.
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    O Cortisol é um hormônio envolvido na capacidade de resposta ao stress e com a qualidade de vida, é produzido pela glândula supra-renal. Sua deficiência leva a uma diminuição da resistência ao stress, aumento excessivo da sensibilidade e da compaixão, irritabilidade, pessimismo, sentimento de vítima, reações paranóicas, ataques de pânico, ansiedade.
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    A Aldosterona é um hormônio esteróide produzido no córtex da supra – renal e tem a função de regular o sódio e potássio do sangue. Sua deficiência leva a sonolência, distração com facilidade, sensação de ouvir zumbido, devaneios, falta de concentração, visão perturbada.
    A Insulina é um hormônio produzido nas células B das ilhotas pancreáticas, é responsável por manter os níveis de glicose normais no sangue e também pelo crescimento e diferenciação celular. A sua deficiência leva além da diabetes, a falta de atenção e baixo estado de alerta.

    A Testosterona é um hormônio produzido pelos testículos principalmente e tem sua produção diminuída com o envelhecimento e está presente nos homens e em menor proporção nas mulheres. Sua deficiência leva a perda da autoconfiança, indecisão, submissão, falta de assertividade e autoridade, depressão crônica, excessiva ansiedade, irritabilidade, medo, emoções excessivas, excessiva sensibilidade às dificuldades, baixa resistência ao stress, preocupações desnecessárias (homens), reações histéricas (mulheres).
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    O Estrogênio está presente nas mulheres, é produzido pela placenta e ovário e em menor proporção nos homens, é considerado neuroprotetor, estimula o crescimento dos ossos na adolescência e fortalecimento ósseo na fase adulta. A deficiência leva a fadiga, depressão e perda da memória subjetiva.
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    A Progesterona é um hormônio produzido principalmente no ovário que atua na parte física e emocional, na parte emocional tem a função de relaxar e tornar mais sociável e sereno e na parte física ajuda a prevenir a osteoporose. Sua deficiência causa aumento de estrogênio, também tensão muscular e nervosa, irritabilidade e agressividade especialmente durante a síndrome pré-menstrual, ansiedade e raiva, explosões de pânico ou raiva. Nos homens, a deficiência causa ansiedade, falta de paz interior, sono superficial.
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    segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

    MELATONINA - O super hormônio

    Recentes estudos provam que a melatonina faz muito mais do que ajudar a dormir. Entre outros benefícios, ela auxilia no emagrecimento, combate a diabetes, controla a enxaqueca e protege contra os danos do mal de Alzheimer

    Cilene Pereira e Monique Oliveira

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    Uma substância fabricada naturalmente pelo organismo está despontando das pesquisas científicas como uma espécie de super-remédio. De acordo com estudos realizados em todo o mundo, a melatonina, hormônio responsável pela indução ao sono, é eficaz contra uma ampla gama de enfermidades. Só para se ter uma ideia, ela ajuda a emagrecer, protege contra os danos causados pelo acidente vascular cerebral, auxilia no controle da hipertensão e da diabetes e reduz as crises de enxaqueca. Um dos últimos benefícios descobertos foi o de diminuir a queda de cabelo provocada por causas genéticas, a alopécia androgenética, conhecida como calvície masculina.
    Ainda não se sabe ao certo quais são os mecanismos que levam a esse espectro tão grande de atuação. O que se descobriu recentemente e que ajuda a entender parte desse fenômeno foi que existem receptores sensíveis à ação do hormônio em todo o organismo. Produzida pela glândula pineal – localizada no cérebro – na ausência da luz, até pouco tempo acreditava-se que a substância agisse basicamente sobre os centros cerebrais envolvidos no controle do relógio biológico, estimulando o sono. Por essa razão, suas indicações mais conhecidas eram contra a insônia e outros distúrbios associados ao sono, como o jet lag.
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    HERANÇA
    Regina constatou que o hormônio passa
    de mãe para filho pelo leite materno
    A descoberta de suas outras funções foi gradativa. Hoje, uma das áreas nas quais é possível encontrar conhecimento mais sólido a esse respeito é a do câncer. A relação entre a melatonina e a doença começou a ser mais investigada quando surgiram indicações de uma associação entre o risco aumentado para a enfermidade e o trabalho noturno. A última delas foi divulgada há poucas semanas na edição online do “British Medical Journal”, uma das mais importantes publicações científicas do mundo. Realizado no Queen’s University, no Canadá, um levantamento mostrou que mulheres que trabalharam em turnos noturnos por mais de 30 anos apresentaram duas vezes mais chances de desenvolver tumor de mama. Outra, divulgada no “American Journal of Epidemiology”, indicou a associação entre homens trabalhadores noturnos a risco elevado para câncer de próstata, pulmão, bexiga, reto, pâncreas e linfoma não Hodgkin. Os resultados levantaram a hipótese de que a ligação entre as duas coisas – trabalho noturno e câncer – fosse a baixa produção de melatonina. “A exposição à luz, mesmo à noite, pode induzir a um desequilíbrio na regulação biológica que propicia o desenvolvimento de tumores”, disse à ISTOÉ a cientista Marie-Élise Parent, que comandou o estudo com os homens.
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    Outros experimentos avançaram na elucidação da questão. Apontaram que de fato o hormônio impede o crescimento das células tumorais, e por caminhos diversos. “Ele protege o material genético das células”, afirmou à ISTOÉ Antonio Soriano, da Universidade de Granada, na Espanha, autor de uma revisão recente sobre o tema. Entre outras ações, a melatonina impede que as células sofram com o estresse oxidativo – processo que danifica o DNA – e ajuda a interromper a formação de novos vasos sanguíneos destinados a alimentar o tumor. 
    Mecanismos como esses contribuem para explicar, por exemplo, o resultado obtido pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP) em relação aos efeitos do composto sobre o câncer de mama. Em animais, a substância reduziu pela metade a forma mais comum da doença. Além disso, o hormônio atenua efeitos colaterais da quimioterapia. Na Universidade de Granada, os cientistas criaram um gel à base de melatonina para proteger as mucosas do aparelho gastrointestinal da inflamação decorrente do uso de quimioterápicos.
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    Sua ação sobre doenças neurológicas e psiquiátricas também parece expressiva. O neurologista Mario Peres, da Universidade Federal de São Paulo, concluiu um trabalho no qual ficou demonstrada sua eficácia contra a enxaqueca. O médico comparou por dois anos a eficiência e a tolerabilidade da suplementação de melatonina ao uso da amitriptilina, antidepressivo receitado para prevenção das crises, e ao placebo. Participaram 196 pessoas, com dois a oito episódios de crises por mês. O médico observou redução de 2,7 pontos no uso de analgésicos e na frequência e na intensidade das crises entre os que usaram melatonina; de 2,1 entre os que tomaram amitriptilina; e de 1,1 nos que usaram placebo. “E ela não causou sonolência diurna, ganho de peso, boca seca e outros efeitos observados com o antidepressivo”, explica Peres.
    Dos EUA vieram informações sobre efeitos de proteção aos neurônios, algo importante, por exemplo, para impedir mais danos após acidentes vasculares cerebrais. Uma pesquisa da Universidade do Sul da Flórida revelou de que maneira a substância ajuda nessa tarefa. Uma de suas ações é estimular que células-tronco se especializem em neurônios, auxiliando, indiretamente, a repovoar áreas nas quais houve morte neuronal. “A melatonina protege contra danos cerebrais e déficits de comportamento resultantes do acidente vascular cerebral. Por esses motivos, vislumbramos seu uso clínico contra o problema”, disse à ISTOÉ Cesario Borlongan, coordenador do trabalho. Benefícios semelhantes foram observados contra o mal de Alzheimer. Pesquisa da Universidade de Barcelona, feita em cobaias, mostrou que uma dose diária do hormônio, combinada a exercício físico, retardou a progressão da enfermidade. “Os resultados foram extraordinários. O hormônio aumenta a capacidade de o neurônio se defender de danos”, disse à ISTOÉ o fisiologista Dario Acuña Castroviejo, líder do estudo. “Como sua produção natural costuma cair depois dos 40 anos, recomendo a suplementação a partir dessa idade.”
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    SEM DOR
    Pesquisa do neurologista Peres mostrou que a melatonina
    diminui a frequência e a intensidade das crises de enxaqueca
    Na Itália, há pesquisas em curso a respeito do papel do hormônio sobre a depressão. Sabe-se que, na presença da doença, o ritmo circadiano, mediado pela substância, encontra-se alterado. Um novo tipo de antidepressivo – a agomelatina – entrou no mercado com o objetivo de atuar sobre a melatonina e ajudar a regular o relógio biológico. No Instituto Nacional de Saúde italiano, cientistas buscam entender como o remédio atua. “Há interações que o tornam eficiente. E acredito que os suplementos de melatonina devem ser usados com os antidepressivos, para melhorar a qualidade do sono dos pacientes”, ponderou à ISTOÉ Domenico De Berardis, coordenador do trabalho.
    Por se tratar de um hormônio envolvido em operações básicas do organismo, a melatonina também tem ação sobre o metabolismo – propriedade que a torna eficaz para a perda de peso, segundo várias pesquisas. Uma delas foi feita na Universidade de Granada, com animais, e revelou perdas consideráveis entre as cobaias submetidas à suplementação. “O resultado dá suporte à proposta da administração do hormônio para tratar o excesso de peso em humanos”, escreveram os pesquisadores.
    Seus colegas italianos identificaram mecanismos pelos quais ocorre o emagrecimento. Segundo experimento da Università Politecnica delle Marche, entre outros efeitos, o hormônio reduz a ingestão de comida porque estimula a atividade de moléculas envolvidas na supressão do apetite. Além disso, outro trabalho, feito também na Itália, demonstrou que a melatonina auxilia no controle da compulsão por comer à noite. Experiência feita com um paciente tratado com a medicação agomelatina terminou com uma perda de 5,5 quilos após três meses de uso. Os desdobramentos desse tipo de estudo ajudarão a entender, por exemplo, por que os obesos têm menos melatonina do que as pessoas com peso normal.
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    No Brasil, o endocrinologista Bruno Halpern, coordenador da Liga de Diabetes do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), está concluindo um projeto de pesquisa para investigar como se dá a ação do hormônio sobre a gordura marrom, chamada de gordura que emagrece. Ela se deposita na região do pescoço, abaixo da clavícula e ao longo da espinha e tem como função gerar calor, o que é feito a partir da queima de calorias armazenadas – é por essa razão que leva à perda de peso. “O estudo será feito com pessoas que produzem pouca melatonina. A ideia é comprovar a menor ativação do tecido marrom nessas condições”, diz o médico. Entre os indivíduos com produção reduzida da substância estão aqueles expostos a mais luz à noite.
    Já no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, os estudos pretendem elucidar como a melatonina influencia o metabolismo energético e repercute na manifestação da diabetes. “Ela potencializa a ação da insulina”, diz o pesquisador José Cipolla. A insulina é o hormônio que possibilita a entrada, nas células, da glicose circulante na corrente sanguínea. Quando sua produção é baixa ou sua atuação é prejudicada, acumula-se açúcar no sangue, caracterizando a diabetes. “A redução da melatonina intensifica o quadro diabético”, completa o cientista brasileiro. Estudo da Universidade de Harvard (EUA), confirma a relação. Foram selecionadas 370 mulheres com diabetes tipo 2 e outras 370 saudáveis. Nas portadoras da enfermidade, os níveis do hormônio eram significativamente menores.
    Motivados por evidências como essas, pesquisadores de cinco laboratórios internacionais criaram a rede MELABETES. Uma das metas é aprofundar as investigações, principalmente sobre o que leva alguns pacientes diabéticos a apresentarem menor concentração de melatonina. “Podemos ajudar essas pessoas dando a elas suplementos do hormônio”, explicou à ISTOÉ Ralf Jockers, da Université Paris Descartes, na França, organizador da iniciativa. “Mas isso deve ser feito em conjunto com o médico.”
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    No laboratório comandado pela pesquisadora Regina Markus, na USP, descreveu-se que a melatonina pode ser um dos motivos dos benefícios da amamentação. “Encontrei uma maneira de medir sua concentração no leite materno. Descobrimos que uma das principais razões da importância do aleitamento materno é que, por meio dele, a melatonina passa de mãe para filho”, diz Regina.
    No Brasil, o hormônio não possui registro de comercialização na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mas não é proibido, o paciente pode importá-lo. No entanto, os cientistas defendem sua maior disponibilidade por aqui. “Temos todas as evidências para que ela seja utilizada e vendida no País”, diz Regina Markus. “Ela deveria ser comercializada ao menos como remédio”, diz Mario Peres. “É necessário que seja suplementada no idoso, já que sua produção diminui com a idade”, diz José Cipolla.
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    ACESSO
    O cientista Cipolla defende que seja feita uma
    suplementação para as pessoas mais velhas
    Por enquanto, não é o que pensa o Conselho Federal de Medicina. A entidade faz uma restrição ao seu uso como recurso antienvelhecimento. Publicou uma resolução na qual determina que “são vedados no exercício da medicina” alguns recursos antienvelhecimento usados “com a finalidade de triagem, diagnóstico ou acompanhamento de doenças relacionadas ao envelhecimento”. Entre eles está a melatonina. O médico que desobedecer a norma pode ser advertido ou até perder o registro profissional. “Não há evidência científica do efeito antienvelhecimento da melatonina. Os estudos são experimentais”, diz Rubens França, membro do CFM.
    Na opinião de médicos atualizados, que acompanham de perto os avanços sobre o tema, isso não é verdade. “É o momento de se repensar o potencial terapêutico da melatonina. Ele é muito grande. É hora de reabilitá-la no arsenal de tratamento”, afirma o psiquiatra e psicofarmacologista Sergio Klepacz, de São Paulo, autor do livro Equilíbrio Hormonal e Qualidade de Vida. Na Europa e nos EUA, esse poder já foi reconhecido há algum tempo. No continente europeu, o hormônio é vendido como remédio e, nos Estados Unidos, como suplemento alimentar.
    Fotos: Kelsen Fernandes; Gabriel Chiarastelli; PEDRO DIAS/Ag. Istoé; Anderson Christian; Masao Goto Filho /Ag. IstoÉ; Rafael Hupsel/Agência Istoé